O papel das exposições na formação do urbanismo: a difusão do Plano de Melhoramentos de Campinas de Prestes Maia na exposição de 1939
Palavras-chave:
Exposição-Feira do Bicentenário de Campinas, Estado Novo, Identidade nacionalResumo
O artigo apresenta o contexto de realização da Exposição-Feira do Bicentenário de Campinas, de 1939 e que durante 90 dias serviu como espaço para a apresentação à população do Plano de Melhoramentos Urbanos, elaborado pelo engenheiro-arquiteto Francisco Prestes Maia com o objetivo de legitimar a implantação do plano e inserir Campinas na “modernidade”. Ela se configurou como um evento regional, que procurou apresentar a ideia de progresso e apontar o caráter moderno do evento, intimamente ligado à formação de uma identidade nacional durante o Estado Novo. A exposição insere-se na tradição da disciplina do urbanismo que pelo seu caráter operativo utiliza desde a sua formação este espaço como o de troca de experiências entre profissionais e de difusão junto à população das novas propostas de intervenção nas cidades.
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