Para uma Ecologia da forma arquitectónica: Manifesto por uma nova Arquitectura orgânica
Palavras-chave:
Arquitectura, Sustentabilidade, Natureza, Cultura, Técnica, Orgânico, FormaResumo
O presente artigo surge na sequência da comunicação apresentada no anterior evento organizado pela AEAULP – Uma utopia sustentável (Lisboa, Abril de 2010). Nessa comunicação – A insustentável leveza... das utopias: ideologias na arquitectura (ABREU, 2010) – defendia-se que o princípio da Sustentabilidade na arquitectura tem também que ser aplicado às formas. Uma vez que um dos valores mais determinantes da produção contemporânea da arquitectura é a novidade formal, se, em resposta a esse apelo de novidade, resultarem formas de estética efémera, de curta validade temporal, ainda que os materiais e os sistemas da obra construída sejam sustentáveis, a obra, em si, já não o será: fruída como uma peça de roupa que tem valor estético durante uma estação e depois passa de moda e já não “pode” ser usada. Na sequência dessa tomada de consciência o presente artigo debruçar-se-á sobre as condições que podem presidir a uma produção estética arquitectónica que seja sustentável. Em suma a hipótese que aqui se defenderá é a de que uma estética durável, e portanto sustentável e ecológica, decorrerá de fazer participar, no desenho da forma, a dialéctica entre Natureza e Cultura, aquilo que se poderia denominar uma estética de pertença ou correspondência ao lugar. O carácter propositivo dos pontos de vista aqui defendidos, que não pretende ter chegado a uma enunciação apodíctica das características da forma arquitectónica sustentável, justifica a redacção deste texto como manifesto.
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