Ordem, desordem e organização
o paradigma da complexidade de Edgar Morin aplicado à arquitetura
DOI:
https://doi.org/10.37916/arq.urb.vi40.716Palavras-chave:
Projeto arquitetônico, Experiência arquitetônica, Parc de la VilletteResumo
Considerando que a práxis do projeto arquitetônico é um esforço de natureza complexa, que lida com contradições, ambiguidades e contrastes de tipos variados – técnicos, artísticos, econômicos, estéticos, sociais, legais, culturais, históricos etc. –, propõe-se discuti-la à luz do paradigma da complexidade, elaborado pelo filósofo francês Edgar Morin. Este artigo tem por objetivo analisar como os conceitos de ordem, desordem e organização, abordados a partir do paradigma citado, podem contribuir para refletirmos sobre a produção de arquitetura, desde o momento de sua gênese – quando se concebe e se desenvolve o projeto arquitetônico –, até a pós-ocupação – quando testemunhamos, ou vivenciamos, a experiência arquitetônica no espaço construído. Para tanto, elege-se como estudo de caso o Parc de la Villette, em Paris, projetado pelo arquiteto suíço Bernard Tschumi entre os anos de 1982 e 1998. Busca-se, através deste estudo, especular a pertinência de se introduzir a teoria do pensamento complexo como recurso para auxiliar a compreensão do projeto arquitetônico diante das inúmeras operações que envolvem sua concepção.
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