Pensamento e inteligência em projeto arquitetônico. Uma revisão dos “agens” do ofício: linguagem, grafoagem e mãoagem
Palavras-chave:
Desenho arquitetônico, Modelos e maquetes, Representação arquitetônica.Resumo
Considerando que, por um lado, a representação arquitetônica tem sido estudada como uma linguagem, e ainda que as profundas implicações do nexo entre linguagem e pensamento, este trabalho aborda panoramicamente a participação do pensamento e da inteligência na produção de representações arquitetônicas. Esta questão é colocada, em primeiro lugar, estabelecendo um corpo teórico através da revisão de vários autores e correntes de pensamento no século XX até os dias atuais, da linguística (estrutural), passando pela psicologia, a filosofia e as neurociências, entre outras áreas envolvidas. Em segundo lugar, descreve-se a produção de representações humanas (ontogenia e filogenia), os tipos existentes (atuante, icônica e simbólica), os suportes materiais envolvidos (linguagem, grafoagem e mãoagem) e seus correlatos mentais básicos envolvidos (conceitos, preceitos e endoceptos) para só então distinguir entre pensamento e inteligência. Em terceiro lugar, as representações disciplinares (desenho, maquete / modelo e obra) confrontando-as com as anteriores, concluindo que é plausível falar de inteligência ao invés de pensamento associado às representações arquitetônicas próprias das práticas projetivas. Finalmente, debater-se-á possíveis consequências derivadas da precisão conceitual realizada no campo da representação arquitetônica, apresentando potenciais escopos sobre o trabalho disciplinar.
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