Pensamento e inteligência em projeto arquitetônico. Uma revisão dos “agens” do ofício: linguagem, grafoagem e mãoagem

Autores

  • Mauricio Arnoldo Cárcamo Pino Universidade de Talca
  • Fernando Guillermo Vázquez Ramos

Palavras-chave:

Desenho arquitetônico, Modelos e maquetes, Representação arquitetônica.

Resumo

Considerando que, por um lado, a representação arquitetônica tem sido estudada como uma linguagem, e ainda que as profundas implicações do nexo entre linguagem e pensamento, este trabalho aborda panoramicamente a participação do pensamento e da inteligência na produção de representações arquitetônicas. Esta questão é colocada, em primeiro lugar, estabelecendo um corpo teórico através da revisão de vários autores e correntes de pensamento no século XX até os dias atuais, da linguística (estrutural), passando pela psicologia, a filosofia e as neurociências, entre outras áreas envolvidas. Em segundo lugar, descreve-se a produção de representações humanas (ontogenia e filogenia), os tipos existentes (atuante, icônica e simbólica), os suportes materiais envolvidos (linguagem, grafoagem e mãoagem) e seus correlatos mentais básicos envolvidos (conceitos, preceitos e endoceptos) para só então distinguir entre pensamento e inteligência. Em terceiro lugar, as representações disciplinares (desenho, maquete / modelo e obra) confrontando-as com as anteriores, concluindo que é plausível falar de inteligência ao invés de pensamento associado às representações arquitetônicas próprias das práticas projetivas. Finalmente, debater-se-á possíveis consequências derivadas da precisão conceitual realizada no campo da representação arquitetônica, apresentando potenciais escopos sobre o trabalho disciplinar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mauricio Arnoldo Cárcamo Pino, Universidade de Talca

Arquiteto (Univ. de Talca, 2008). Doutorando (ETSAM- UPM). Desde 2010 atua como acadêmico na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Chile, desenvolvendo trabalhos de ensino, pesquisa, criação artística e extensão. Palestrante e professor convidado em várias escolas de arquitetura latino-americanas.

Referências

ARCE MORENO, P. Entrevista Manuel Casanueva. Aus (Universidad Austral de Chile), Valdivia, v.1, n.2, p.16-18, 2006.

ARIETI, S. La creatividad. La síntesis mágica. México: Fondo de Cultura Económica, 1993.

BALLESTEROS JIMÉNEZ, S. Representaciones analógicas en percepción y memoria: imágenes, transformaciones mentales y representaciones estructurales. Psicothema, v. 5, n. 1, p. 7-19, 1993.

BRUNER SEYMOUR, J. Acción, pensamiento y lenguaje. Madrid: Editorial Alianza, 1984.

CÁRCAMO PINO, M. A. Comento teórico. In: CÁRCAMO PINO, M. A.; WOLFF CECCHI, M. C. (Eds.). Cubook. 1200 gramos destinados a discurrir en torno al «manoaje». Tomo 01. Santiago de Chile: U. D. CHILE, 2017.

CÁRCAMO PINO, M. A.; WOLFF CECCHI, M. C. Manoaje: a proposal to re-found the “language” of “architectural thinking”. In: A. KARANDIROU (Ed.), Proceedings of the International Conference: Between Data and Senses; Architecture, Neuroscience and the Digital Words. London: University of East London, 2017. p. 39-41.

CORBALLIS, M. C. La mente Recursiva. Los orígenes del lenguaje humano, el pensamiento y la civilización. Barcelona: Ediciones de Intervención Cultural/Biblioteca Burdirán, 2011.

DE SAUSSURE, F. Curso de lingüistica general. 3ª Ed. Buenos Aires: Losada, 1959.

DONALD, M. W. Origins of the Modern Mind: Three Stages in the Evolution of Culture and Cognition. New York: Harvard University Press, 1991.

FABBRI, P. El giro semiótico. Barcelona: Gedisea, 2004.

GARDNER, H. Estructuras de la mente: la teoría de las inteligencias múltiples. 2ª Ed. México: Fondo de Cultura Económica, 2012.

GOLEMAN, D. Inteligencia emocional. Barcelona: KAIROS, 1996.

ITZIGSOHN, J., 1995. Prologo. In: VYGOTSKY, L.S. Pensamiento y lenguaje. S/L: Fausto, 1995. p. 3-7.

LEGG, S.; HUTTER, M. A collection of definitions of intelligence. Frontiers in Artificial Intelligence and Applications. Artificial Intelligence in Education, v. 158, p. 17-24, 2007.

LETELIER PARGA, S. Escala y “escalaje” en la arquitectura: inteligencia espacial que adquiere identidad en la geografía. 2007. Tese (Doutorado) – Escuela Técnica Superior de Arquitectura, Universidad Politécnica de Madrid, Madrid.

MARINA, J. A. Teoría de la inteligencia creadora. 5ª Ed. Barcelona: Anagrama, 1994.

PÉREZ CARABIAS, V. Grafoaje y creatividad. Guadalajara: Prometéo. 2006.

PIAGET, J. Estudios de psicología genética. 7ª Ed. Buenos Aires: Emecé, 1972.

RAE. Diccionario de la Real Academia Española. Disponível em: <http://dle.rae.es/?id=43SgXlx>. Acesso em: 23 jan. 2018.

CHOMSKY, A. N. Entrevista com Avran Noam Chomsky (entrevistador Maria José Ragué). In: BLECUA, José Manuel. Revolución en la lingüística. Barcelona: Salvat, 1973, p.8-32.

RUIZ BARRIA, G. Reflexiones y definiciones desde la teoría biológica del conocimiento: Aprendizaje y Competencia en la universidad actual. Estudios Pedagógicos, v. 34, n.1, p. 199-214, 2008.

SAINZ, J. El dibujo de arquitectura. Teoría e historia de un lenguaje gráfico. Barcelona: Reverté, 2005.

SCHOPENHAUER, A. El mundo como voluntad y representación I. S/L: Trotta, 2016.

WARNKEN, C., CRUZ OVALLE, J. Entrevista a José Cruz: Arquitectura y pensar. Una belleza Nueva: Conversaciones con Cristián Warnken. Otro Canal. Santiago de Chile. 2008.

WILSON, F. R. La mano. De cómo su uso configura el cerebro, el lenguaje y la cultura humana. Barcelona: Tusquets, 2002.

Downloads

Publicado

2018-05-01

Como Citar

Cárcamo Pino, M. A., & Vázquez Ramos, F. G. (2018). Pensamento e inteligência em projeto arquitetônico. Uma revisão dos “agens” do ofício: linguagem, grafoagem e mãoagem. arq.Urb, (22), 27–42. Recuperado de https://revistaarqurb.com.br/arqurb/article/view/58

Edição

Seção

Artigos