A Teia Queer

espaços de sociabilidade, subversividades e resistência no Centro Histórico do Recife

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37916/arq.urb.vi39.664

Palavras-chave:

Urbanismo queer, Centro Histórico, Recife

Resumo

O objetivo do presente artigo é analisar espaços de sociabilidade, subversão e resistência para a comunidade queer nos bairros que constituem o Centro Histórico do Recife (CHR), a saber: bairros do Recife, Santo Antônio, São José e Boa Vista. Para tanto, a pesquisa utilizou metodologia de caráter descritivo proposta por Serra (2006), através da qual foi possível realizar levantamento bibliográfico, pesquisa de campo de observação e experimentação, e produção de mapas que ilustram espaços ocupados pela comunidade queer no Centro Histórico do Recife. Combinando aspectos espaciais a teóricos, utilizou-se os trabalhos de Reynaldo (2013) e Menezes (2015) para caracterizar o território, e as teorias de Foucault (2013), Butler (1990), Preciado (2008, 2013) e Catterall e Azzouz (2021) para construção de entendimento de espaços queers, sociabilidade e subversão. O que se espera é que o presente trabalho possa contribuir para trazer as questões de gênero e de diversidade sexual para os recentes debates sobre requalificação do Centro Histórico do Recife.

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Biografia do Autor

Yuri Nascimento Paes da Costa, Universidade de Brasília

Mestrando em Arquitetura e Urbanismo pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília e graduado em Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica de Pernambuco.

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Publicado

2024-10-17

Como Citar

da Costa, Y. N. P. (2024). A Teia Queer: espaços de sociabilidade, subversividades e resistência no Centro Histórico do Recife. arq.Urb, (39), 1–9. https://doi.org/10.37916/arq.urb.vi39.664

Edição

Seção

Artigos