A Geoinformação e as Geotecnologias na Formação do Arquiteto e Urbanista

Uma análise crítica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37916/arq.urb.vi34.523

Palavras-chave:

Inteligência espacial, Pensamento Crítico, Grade curricular

Resumo

A complexidade da profissão do arquiteto e urbanista é diversa, portanto, sua graduação precisa ser multidisciplinar. Não é possível desvincular as competências do profissional da área da geoinformação, pois é fundamental compreender de forma rápida e simplificada os padrões espaciais do espaço. Portanto, esse trabalho busca fazer uma análise crítica do processo de formação do arquiteto e urbanista frente ao conhecimento geoinformacional e suas tecnologias, diante das complexidades atuais da área. Utilizando métodos quantitativos para a análises das grades curriculares e qualitativos para o entendimento da geoinformação e suas tecnologias nos trabalhos de conclusão de curso, foi possível entender como se encontra o panorama da área na formação do arquiteto e urbanista no Brasil. Foi possível identificar a baixa obrigatoriedade das disciplinas da área que se refletem na fragilidade das análises espaciais, quando feitas, na fase de pré-projeto. Assim, o trabalho sinaliza para a importância de uma revisão do arcabouço geoinformacional e geotecnológico para os currículos dos arquitetos e urbanistas que melhor contribuem e facilitam na leitura diagnóstica e nas etapas de projeto.

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Biografia do Autor

Patricia Luana Costa Araújo, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estácio de Sá, em 2019. Mestranda em Geografia na área de Organização e gestão do Território pelo programa de pós graduação em geografia (PPGG) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Integrante do grupo de pesquisa Território e Cidadania no Departamento de Geografia da UFRJ com pesquisas ligadas a Planejamento Urbano, Geografia Urbana e Espaço Público.

Bianca Cristine Faro Rodrigues, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Técnica em Design de Interiores, em 2014, graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estácio de Sá, em 2019 e pós-graduanda no curso de especialização Cidades, Políticas Urbanas e Movimentos Sociais (CPUMS), pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Larissa Gomes de Andrade, Universidade Estácio de Sá

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estácio de Sá em 2019, Arquiteta Projetista.

Jessilla Fernanda Aguiar de Oliveira, Universidade Estácio de Sá

Graduada em Arquitetura e Urbanismo (Universidade Estácio de Sá / 2019), Arquiteta Projetista.

Yasmin Machado Oliveira, Universidade Federal Fluminense

Bacharela em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estácio de Sá, em 2018. Mestranda em Arquitetura e Urbanismo na área de Projeto, Planejamento e Gestão da Arquitetura e da Cidade pelo programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU) pela Universidades Federal Fluminense (UFF). Integrante do grupo de pesquisa OPPHUS – Oficina de Projeto e Pesquisa de Habitação e Urbanização Social com pesquisa ligada à habitação de interesse social.

Karolyne Linhares Longchamps Fonseca , Universidade Federal Fluminense

Arquiteta e urbanista pela Universidade Estácio de Sá. Mestranda em Arquitetura e Urbanismo na área de Projeto, Planejamento e Gestão da Arquitetura e da Cidade pelo programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU) pela Universidades Federal Fluminense (UFF). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Representações Tridimensionais como Documentos da Memória com pesquisas sobre Memória Coletiva, Patrimônio Histórico e Cultural e Representações bi e tridimensionais como instrumentalização do processo de projeto. Além de produções nas áreas de Direito à Moradia, Tecnologia Construtiva, Bioconstrução e Assistência Técnica.

Rita Maria Cupertino Bastos, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Bacharel em Geografia, Mestranda em Geografia, na área de Planejamento e Gestão Ambiental e Graduanda em Licenciatura em Geografia, todos na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Integrante do Laboratório ESPAÇO de Sensoriamento Remoto e Estudos Ambientais no Departamento de Geografia da UFRJ, com pesquisas ligadas a Geotecnologias Aplicadas à Análise Urbana e Planejamento Urbano-Ambiental.

 

Felipe Gonçalves Amaral, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Bacharel em Ciências Matemáticas e da Terra, Mestre e Doutorando em Geografia, na área de Planejamento e Gestão Ambiental, todos na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Integrante do Laboratório Espaço de Sensoriamento Remoto e Estudos Ambientais, no Departamento de Geografia da UFRJ com pesquisas ligadas a Geotecnologias Aplicadas à Análise Ambiental, Planejamento Urbano-Ambiental e Dinâmicas da Paisagem.

 

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Publicado

2022-08-05

Como Citar

Costa Araújo, P. L., Faro Rodrigues, B. C. ., Gomes de Andrade, L. ., Aguiar de Oliveira, J. F. ., Machado Oliveira, Y. ., Linhares Longchamps Fonseca , K. ., Cupertino Bastos, R. M. ., & Gonçalves Amaral, F. . (2022). A Geoinformação e as Geotecnologias na Formação do Arquiteto e Urbanista: Uma análise crítica. arq.Urb, (34), 69–81. https://doi.org/10.37916/arq.urb.vi34.523

Edição

Seção

Artigos