Tacos do falafel. Arquitetos latino-americanos que trabalham no Oriente Médio, uma conexão global insuspeita
DOI:
https://doi.org/10.37916/arq.urb.vi35.627Palavras-chave:
Conexões globais, América Latina, Médio OrienteResumo
Vários historiadores explicam as obras de Niemeyer com base no que ele aprendeu com Le Corbusier. Outros entendem seu uso das curvas como uma interpretação da exuberante geografia brasileira. Mas não sabemos quase nada sobre seu trabalho no Líbano ou seus projetos para Israel. Isso porque a historiografia colonial sempre olha para o norte, supondo que venham de lá todas as explicações e, diante disso, as narrativas nacionalistas se propõem a olhar para dentro em busca de questões locais. Mas ambas as posições, como qualquer ponto de vista singular, implicam um campo de visão limitado e só podem dar respostas parciais. O problema surge quando assumimos que essas respostas são as únicas ou as principais, então inevitavelmente se tornam falaciosas e levam a múltiplas facetas cegas ou subalternas da história. Vamos desenvolver uma dessas histórias esquecidas. Vários arquitetos latino-americanos trabalharam no Oriente Médio, e informações valiosas podem ser obtidas dessa conexão insuspeita para preencher lacunas na história arquitetônica de ambas as regiões. As crises contemporâneas mostram que as abordagens coloniais, assim como as nacionalistas, trazem mais problemas que soluções. Esta obra pretende ser mais um tijolo na construção de uma história arquitetônica descolonizada e focada em processos regionais, transregionais, globais.
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