Tecendo a história de São Paulo: tecelagens como patrimônio cultural
DOI:
https://doi.org/10.37916/arq.urb.vi26.27Palavras-chave:
Patrimônio Industrial, Tecelagem, TombamentoResumo
O artigo apresenta o resultado do trabalho de pesquisa sobre seis indústrias têxteis instaladas em três regiões administrativas do estado de São Paulo entre o final do século XIX e a década de 1920. Tais edifícios, desprovidos de sua função original, foram objeto de pedido de tombamento ao Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT) por cidadãos preocupados em preservar as múltiplas memórias ativadas pelos espaços. A partir de critérios construídos pela área técnica da Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico (UPPH) – que subsidia as decisões do CONDEPHAAT –, quatro unidades foram reconhecidas como patrimônio cultural do estado. Trata-se de exemplares com relevância para a compreensão das relações de trabalho, da arquitetura industrial, do desenvolvimento urbano, econômico e tecnológico a partir do setor têxtil, o mais pujante do país à época. Atualmente, o uso das edificações está destinado a atividades diversas, ressiginificando sua presença na paisagem e no imaginário coletivo, provocando o debate sobre como integrar antigas estruturas às novas necessidades das cidades.
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