Átinsás
As árvores sagradas e as arquiteturas dos terreiros de candomblé de Cachoeira e São Félix
DOI:
https://doi.org/10.37916/arq.urb.vi32.546Palavras-chave:
Arquitetura, Natureza, Candomblé, Patrimônio Afro-brasileiroResumo
O presente trabalho trata da relação entre natureza e arquitetura no âmbito dos terreiros de Candomblé no Recôncavo Baiano, entre as cidades de Cachoeira e São Félix. Nesses lugares não há dicotomia entre o natural x artificial, mas uma imbricação no sagrado. As árvores sagradas tornam-se arquiteturas, natureza que compõe e cria uma arquitetura afro- brasileira particular, e a arquitetura torna-se natureza sacralizada, fazendo parte da mata ritual. Estando as árvores ali, sempre a abrir e fechar as festas. Os terreiros de Cachoeira e São Félix têm nas árvores sagradas que nascem dentro e furam os telhados dos barracões, Ilê Orixá e Casa de Caboclos um aspecto espacial simbólico que os diferenciam, que lhes atribui particularidade, peculiaridade, singularidade, que lhes é próprio. As árvores sagradas fundam, geram, organizam, e regem as arquiteturas dos terreiros de Candomblé de Cachoeira e São Félix.
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