A vegetação como parâmetro de sustentabilidade ambiental em cidades

Autores

  • Bruna Dotto
  • André de Souza Silva

Palavras-chave:

Cidades, Certificação ambiental, Meio ambiente

Resumo

A vegetação pode ser considerada como significativo indicador da qualidade ambiental nas cidades, uma vez que ameniza as consequências adversas da urbanização e possui o potencial de propiciar condições favoráveis de ambiência e qualidade de vida. Diferentes certificações com o intuito de mensurar a sustentabilidade no meio urbano apresentam particularidades quanto aos métodos e medidas de avaliação para os critérios elencados como relevantes. Assim sendo, o objetivo da presente pesquisa é analisar a vegetação como critério de qualidade ambiental junto a métodos de avaliação amplamente adotados, de modo a prover um quadro comparativo a respeito da relevância investida à vegetação nas certificações de sustentabilidade. Para isso, analisa as certificações BREEAM, LEED e AQUA, nas categorias referentes a comunidades sustentáveis e novas construções, apresentando a partir da importância investida a vegetação as propostas de aplicações adequadas a cada tipo de avaliação. Os resultados demonstram que a vegetação, apesar de - por paradoxo - ser pouco aludida junto às certificações, é um parâmetro fundamental para a sustentabilidade ambiental em cidades.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AQUA. Alta Qualidade Ambiental. Fundação Vanzolini. Referencial Técnico de Certificação: Edifícios do setor de serviços. São Paulo: [s.n.], 2008.

BARGOS, D. C.; MATIAS, L. F. Mapeamento e análise de áreas urbanas em Paulínia (SP): estudo com a aplicação de geotecnologias. Sociedade & Natureza, v. 24, p. 143–156, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sn/v24n1/v24n1a12.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2016.

BREEAM. Building Research Establishment’s Environmental Assessment Method. BRE Environmental & Sustainability Standard. [S.I.]: BRE Global, 2009.

COSTA, C. S. Áreas Verdes: um elemento chave para a sustentabilidade urbana. A abordagem do Projeto GreenKeys. Vitruvius, p. 1–11, 2010. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.126/3672>. Acesso em: 16 dez. 2016.

DIMOUDI, A.; NIKOLOPOULOU, M. Vegetation in the urban environment: Microclimatic analysis and benefits. Energy and Buildings, v. 35, n.1, p. 69–76, 2003. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/S0378-7788(02)00081-6>. Acesso em: 10 dez. 2016.

FENG, H.; HEWAGE, K. Energy saving performance of green vegetation on LEED certified buildings. Energy & Buildings, v. 75, p. 281–289, 2014. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/j.enbuild.2013.10.039>. Acesso em: 15 nov. 2016.

GEHL, J., GEMZØE, L. New city spaces. Copenhagen: The Danish Architectural Press, 2001.

GUPTA, K.; KUMAR, P.; PATHAN, S. K.; SHARMA, K. P. Landscape and urban planning urban neighborhood green index – A measure of green spaces in urban areas. Landscape and Urban Planning, v. 105, n. 3, p. 325–335, 2012.

HARDER, I. C. F.; RIBEIRO, R. DE C. S.; TAVARES, A. R. Índices de área verde e cobertura vegetal para as praças do município de Vinhedo, SP. Revista Árvore, v. 30, n. 2, p. 277–282, 2006. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622006000200015>. Acesso em: 05 jan. 2016.

JIM, C. Y.; SHAN, X. Socioeconomic effect on perception of urban green spaces in Guangzhou, China. Cities, v. 31, p. 123–131, 2013. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.cities.2012.06.017>. Acesso em: 05 jan. 2016.

KOOHSARI, M. J.; MAVOA, S.; VILLANUEVA, K.; SUGIYAMA, T.; BADLAND, H.; KACZYNSKI, A. T.; OWEN, N.; GILES-CORTI, B. Public open space, physical activity, urban design and public health: Concepts , methods and research agenda.

Health & Place, v. 33, p. 75–82, 2015. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.healthplace.2015.02.009>. Acesso em: 10 nov. 2016.

LEED. Lidership in Energy and Environmental Design. For New Construction and Major Renovation. Washington, U.S. Green Building Council, 2009.

LONDE, P. R.; MENDES, P. C. A Influência das áreas verdes na qualidade de vida urbana. Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, v. 10, n. 18, p. 264–272, 2014. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/viewFile/26487/14869>. Acesso em: 07 nov.2016.

MASCARÓ, L. E.; MASCARÓ, J. L. Vegetação urbana. 3a. ed. Porto Alegre: MasQuatro, 2010.

MENA, C.; ORMAZÁBAL, Y.; MORALES, Y.; SANTELICES, R.; GAJARDO, J. Índices de área verde y cobertura vegetal para la Ciudad de Parral (Chile), mediante fotointerpretación y SIG. Ciência Florestal, v. 21, n. 3, p. 521–531, 2011. Disponível em: <http://www.bioline.org.br/pdf?cf11052>. Acesso em: 05 nov. 2016.

NUCCI, J. C. Qualidade Ambiental e adensamento urbano. 1. ed. Curitiba: UFPR, 2008.

QIU, L.; LINDBERG, S.; NIELSEN, A. B. Landscape and urban planning is biodiversity attractive?— On-site perception of recreational and biodiversity values in urban green space. Landscape and Urban Planning, v. 119, p. 136–146, 2013.

RHEW, I. C.; STOEP, A. V.; KEARNEY, A.; SMITH, N. L.; DUNBAR, M. D. Validation of the normalized difference vegetation index as a measure of neighborhood greenness. Annals of Epidemiology, v. 21, n. 12, p. 946–952, 2011. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.annepidem.2011.09.001>. Acesso em: 01 nov. 2016.

ROSENFELD, A. H.; AKBARI, H.; BRETZ, S.; FISHMAN, B. L.; KURN, D. M.; SAILOR, D.; TAHA, H. (1995). Mitigation of urban heat islands: materials, utility programs, updates. Energy and Buildings, 22(3), 255-265. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/0378-7788(95)00927-P>. Acesso em: 02 nov. 2016.

SANTOS, N. R. Z.; TEIXEIRA, I. F.; VACCARO, S. Avaliação qualitativa da arborização da cidade de Bento Gonçalves, RS. Ciência Florestal, v.1, n. 1, p. 88–99, 1991. Disponível em: <http://www.periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/view/259 >. Acesso em: 08 nov. 2016.

SILVA, A. S. O movimento de pedestres em função da configuração espacial e das condições das calçadas. Estudo de caso: área central de Santa Cruz do Sul/RS; Orientação de Décio Rigatti. Dissertação (mestrado) Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdadede Arquitetura. Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional. Porto Alegre: [Disponível na Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFRGS]. 2004.

SILVA, G.; ROMERO, M. Sustentabilidade urbana aplicada: Análise dos processos de dispersão, densidade e uso e ocupação do solo para a cidade de Cuiabá, Estado de Mato Grosso, Brasil. EURE, v. 41, n. 122, p. 209–237, 2015. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.4067/S0250-71612015000100010>. Acesso em: 23 nov. 2016.

SILVA FILHO, D. F.; PIZETTA, P. U. C.; ALMEIDA, J. B. S. A.; PIVETTA, K. F. L.; FERRAUDO, A. S. Banco de dados relacional para cadastro, avaliação e manejo da arborização em vias públicas. Revista Árvore, v. 26, n. 5, p. 629–642, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rarv/v26n5/a14v26n5.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2016.

VAN DE MOORTEL, A. M. K.; MEERS, E.; PAUW, N.; TACK, F. M. G. Effects of vegetation, season and temperature on the removal of pollutants in experimental floating treatment wetlands. Water Air Soil Pollut, v. 212, p. 281–297, 2010. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1007/s11270-010-0342-z>. Acesso em: 10 nov. 2016.

VIJAYARAGHAVAN, K.; RAJA, F. D. Design and development of green roof substrate to improve runoff water quality: Plant growth experiments and adsorption. Water Research, v. 63, p. 94–101, 2014. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.watres.2014.06.012>. Acesso em: 07 nov. 2016.

Downloads

Publicado

2019-12-12

Como Citar

Dotto, B. ., & de Souza Silva, A. . (2019). A vegetação como parâmetro de sustentabilidade ambiental em cidades. arq.Urb, (19), 64–77. Recuperado de https://revistaarqurb.com.br/arqurb/article/view/152

Edição

Seção

Artigos