Reflexões sobre o planejamento territorial e a dimensão rural

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37916/arq.urb.vi32.549

Palavras-chave:

Planejamento, Conservação ambiental, Bioregiões

Resumo

O planejamento de territórios se tornou uma ciência no século XX, formalizada a partir de uma necessidade de melhor ordenar o espaço, os fluxos e recursos disponíveis em um mundo em rápida transformação. O planejamento dos territórios não urbanizados é um tópico ainda pouco explorado. Atualmente, o valor das áreas não urbanizadas se torna dia a dia mais evidente. Áreas rurais e áreas selvagens representam aproximadamente 97% da superfície terrestre, e concentram os maiores fragmentos de ecossistemas naturais no planeta, fundamentais para o equilíbrio da biosfera. O planejamento territorial com foco na rural requer uma metodologia que expresse a dinâmica e a natureza socioambiental local e seja orientada por um propósito central: a restauração dos ecossistemas naturais do planeta. Neste artigo, apresentamos as origens da ciência do planejamento territorial, mencionamos modelos alternativos de governança e gestão, e refletimos sobre como planejar territórios a partir de uma maior condição de permeabilidade, contribuindo para a estruturação de territórios mais inclusivos, transparentes e colaborativos para o longo prazo.

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Biografia do Autor

Martina Croso Mazzuco, Universidade de São Paulo

Arquiteta e permacultora. Mestranda em Conservação de Ecossistemas Florestais pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq) da Universidade de São Paulo, graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. 

Paulo Renato Mesquita Pellegrino, Universidade de São Paulo

Professor Associado Sênior da Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Design da Universidade de São Paulo. Doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo. Arquiteto paisagista. Co-fundador do LABVERDE.

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Publicado

2021-12-07

Como Citar

Croso Mazzuco, M., & Renato Mesquita Pellegrino, P. (2021). Reflexões sobre o planejamento territorial e a dimensão rural. arq.Urb, (32), 61–68. https://doi.org/10.37916/arq.urb.vi32.549

Edição

Seção

Natureza-Cidade: por um fim da dicotomia