Ativismo e apropriação do espaço urbano em São Paulo
Palavras-chave:
Ativismo, Apropriação do espaço urbano, Ação direta, Comuns urbanosResumo
O artigo propõe uma reflexão sobre um novo tipo de apropriação dos espaços urbanos em São Paulo, Brasil. O uso de bicicletas, o plantio de hortas comunitárias e a organização de festas de rua são fenômenos que encontraram força ao lado da ação direta de grupos de ativismo urbano. As pessoas buscam refletir sobre questões cotidianas e novas formas de construção colaborativa da cidade. O trabalho analisa dois territórios de atuação ativista na cidade, o primeiro, o “Minhocão” é um espaço público de dupla função: uma via expressa elevada de ligação centro-oeste de 3,4 km de extensão que é usada como espaço de lazer à noite e nos finais de semana. O segundo espaço, o “Parque Augusta” é um terreno privado reivindicado por vizinhos e ativistas como uma área verde. Como estratégia de resistência à aprovação de um projeto de construção, um grupo ocupou o terreno e organizou atividades de arte e cultura. O espaço urbano torna-se cenário de conflito com desdobramentos lúdicos e disputas políticas.
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Referências
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