Arte e corpo, arte e vida
DOI:
https://doi.org/10.37916/arq.urb.vi39.665Palavras-chave:
Espaço, Arte contemporânea, NeoconcretismoResumo
Este artigo aborda a inovadora percepção do espaço artístico como materialidade e o desenvolvimento das linguagens da instalação no século XX, com foco na influência da artista brasileira Lygia Pape. Nas décadas de 1960 e 1970, Pape realizou experimentações que exploraram a dinâmica espacial e convidaram o público a repensar sua relação com o espaço ao redor, ressaltando a capacidade de transformação do ambiente através do deslocamento e da interação. Pape, juntamente com outros artistas como Hélio Oiticica e Lygia Clark, trouxeram uma nova perspectiva para a arte, indo além das obras tradicionais em galerias e espaços fechados e exploraram o espaço na vida cotidiana, na paisagem, no contexto urbano e na arquitetura. Influenciada por suas experiências urbanas, Pape voltou-se para o espaço da galeria, afastando-se da escultura tridimensional convencional, onde sua abordagem conceitual baseia-se em suas vivências na cidade e no coletivo e a interação entre o observador e o espaço envolvente cria uma dinâmica estimulante, na qual o corpo do espectador é incorporado como parte essencial do processo criativo. Utilizando a abordagem fenomenológica, este estudo analisa as relações entre a obra de arte e seu contexto, observando os reflexos e desdobramentos na construção do espaço contemporâneo.
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