Uma abordagem antropológica sobre o patrimônio civil edificado em Belo Horizonte, Minas Gerais
Palavras-chave:
Preservação do patrimônio, Arquitetura civil, Falso HistóricoResumo
tórico vem corroborando para a descaracterização ou o completo desaparecimento do patrimônio edificado em diversos lugares do mundo. O artigo aqui apresentado enfatiza tal fato com o estudo de caso da cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, onde diversas edificações de importância histórico-cultural têm dado lugar a terrenos concretados com função de estacionamento, principalmente no entorno da área central. Argumenta-se que não há um conceito absoluto de relevância arquitetônica, assim, toda escolha é sempre relativa, visando a preservação dos diversos exemplares de nossa arquitetura. A fim de desconstruir a visão essencialista que privilegia o aspecto cronológico em detrimento das características das edificações, aqui são expostas algumas perspectivas antropológicas que salientam o caráter funcional e identitário das construções, a partir de revisão crítica da literatura existente. Por fim, são sugeridas soluções que poderiam dirimir a veloz dilapidação das edificações de Belo Horizonte, antes que a ambiência urbana do conjunto arquitetônico
da área central da capital mineira se perca, restando apenas aquelas já tombadas, como resquícios fragmentados de uma história.
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