Metrópole e memória: a origem das práticas de conservação

Autores

  • Eneida de Almeida

Palavras-chave:

memória, patrimônio cultural, patrimônio urbano

Resumo

O processo de formação das metrópoles pós-industriais apresenta-se como momento propício para uma nova compreensão da história. A atitude crítica do indivíduo frente ao seu passado cria uma nítida separação entre passado e presente, em substituição à noção de continuidade assegurada pela tradição. O fenômeno metropolitano é aqui analisado naqueles aspectos diretamente relacionados às novas formas de ativação da memória e releitura dos legados do passado concomitantes com o desenvolvimento das idéias e das práticas de conservação do patrimônio cultural. Busca-se situar nesse panorama as posturas de figuras-chave, entre as quais: 1) Viollet-le-Duc e John Ruskin, ambos iniciadores do debate relacionado à legitimidade do restauro, a partir de diferentes posicionamentos frente aos testemunhos do passado; 2) Camillo Sitte e George-Eugène Haussmann como urbanistas a suscitar a controvérsia urbanismo versus preservacionismo que se acentua nas primeiras décadas do século XX.

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Publicado

2010-01-05

Como Citar

de Almeida, E. . (2010). Metrópole e memória: a origem das práticas de conservação. arq.Urb, (2), 115–138. Recuperado de https://revistaarqurb.com.br/arqurb/article/view/105

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