Arquitetura e Globalização, um relacionamento muito íntimo
DOI:
https://doi.org/10.37916/arq.urb.vi35.625Palavras-chave:
Arquitetura e globalização, Modernidade e colonialidade, Descolonização epistêmicaResumo
O convite para a escrita deste artigo ensejou uma retomada dos meus estudos e escritos produzidos nos últimos vinte e cinco anos acerca da aproximação entre arquitetura e globalização. Se nos anos 1990 os textos referiam-se à disseminação da arquitetura moderna brasileira em diversas partes do mundo, já na passagem dos anos 1990 para os 2000, concentraram-se na disseminação popular de elementos do modernismo no Brasil, com o interesse em expandir os limites da erudição arquitetônica em duas direções: 1) verticalmente, discutindo relações alto-baixo não filtradas ou controladas por arquitetos treinados; e 2) horizontalmente ao desafiar o cânone norte-atlântico para debater o alcance global do caso brasileiro. Rever esses estudos na atualidade permitiu dialogar com reflexões contemporâneas que envolvem um esforço de descolonização epistêmica, a partir da compreensão de que o entendimento da globalização estava intimamente relacionado ao surgimento da abstração no século XVI, um fenômeno que matou os próprios processos relacionais, mas que deveriam ser urgentemente recuperados nos dias atuais, fazendo-nos desaprender a relação íntima entre arquitetura e globalização.
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