Retrato da capacidade de pagamento por parte do usuário de transporte público nas capitais brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.37916/arq.urb.vi25.12Palavras-chave:
Mobilidade, Acessibilidade, Justiça socialResumo
A renda é fator preponderante sobre a condição de mobilidade dos indivíduos, na proporção em que, quanto maior a parcela de renda mensal absorvida em gastos com o transporte menor a condição de mobilidade, esse artigo visa identificar como encontra-se nas capitais Brasileiras à capacidade de pagamento dos usuários de transporte público. Trata-se de um panorama dos locais em que a população tem maior ou menor facilidade de alcançar a mobilidade com relação à renda, tomando como referência a relação entre o preço da passagem e o salário mínimo. Para essa finalidade foi utilizado um indicador elaborado para cidades da América Latina (ECLAC, 1992). Através do indicador foi possível constatar que Belo Horizonte - MG é a capital no Brasil onde os usuários apresentam menor acessibilidade, enquanto Rio de Janeiro- -RJ é a capital com maior acessibilidade com base na renda mínima. Nenhuma das cidades atingiu o valor considerado critico pelo indicador (33%). Entretanto, algumas atingiram 20%, próximo do que é consumido na alimentação das famílias, proporção de cerca de 19,8% do salário mínimo, indício de que a proporção da renda mensal comprometida com transporte é alta e pode interferir negativamente na mobilidade dos usuários de transporte público em algumas cidades.
Downloads
Referências
ANTP. Sistema de Informações da Mobilidade Urbana Relatório Geral 2014. 2016.
BLUMENBERG, E. Transportation Cost and Economic Opportunity Among the Poor. ACESS N23, Fall. 2003.
BRASIL(2001). Lei Federal Nº10.257, de 10 de julho de 2001.Estatuto da Cidade. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jul. 2001.
BRASIL (2012). Lei Federal Nº12.587, de 03 de janeiro de 2012. Política Nacional de Mobilidade Urbana. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 03 janeiro. 2012.
ECLAC. The impacts of subsidies, regulation, and differents forms of owners-hip on the service quality and operational efficiency of urban bus system in Latin America. 1992.
GOMIDE, A., LEITE, S., REBELO, J. Public transport and urban proverty: a syntthetic index of adequate service. Belo Horizonte: Working Paper for the World Bank Urban Transport Program in Brasil. 2005.
IBAM. Mobilidade e política urbana: subsídios para uma gestão integrada / Coordenação de Lia Bergman e Nidia Inês Albesa de Rabi. – Rio de Janeiro: IBAM; Ministério das Cidades, 2005.
IBGE. POF- Pesquisa de orçamentos familiares 008-2009. Disponível em: https://biblioteca. ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv45130.pdf. Acesso em: 05.maio.2018
IPEA. Mobilidade urbana sustentável: conceitos, tendências e reflexões. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/ 11058/6637/1/td_2194.pdf. Acesso em: 01.maio.2018
MCIDADES. PlanMob: Caderno de referência para elaboração de plano de mobilidade urbana. Brasília: Ministério das cidades, Secretaria
Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana- SeMob, 2015
PORTUGAL, L. da S. Transporte Mobilidade e Desenvolvimento Urbano. 1.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores detém os direitos autorais sem restrições, devendo informar a publicação inicial nesta revista, em caso de nova publicação de algum trabalho.