A poética de Bernard Tschumi como complexidade e a interpretação do contexto
Palavras-chave:
Poética de limite, Contexto, ConceitoResumo
A poética de Bernard Tschumi pode ser entendida como um processo aberto a outras disciplinas, numa atuação que busca o sentido “de limite” da arquitetura ligado ao experimentalismo como forma de crítica à abordagem universalista e racionalista do modernismo, ao funcionalismo, mas também ao formalismo e ao historicismo. Em seu discurso teórico, Tschumi busca uma definição de arquitetura, defendendo-a como conceito e experiência, a partir da ideia de “prazer”, do “corpo como juiz” e da aproximação entre programa e evento. Inserindo-se no debate sobre a contextualização, defende relações entre o conceito, o contexto e o conteúdo e possíveis modos de proposição – indiferença, reciprocidade e conflito. Neste artigo, apresentamos o seu pensamento, enfatizando a ideia de intervenção contextual como interpretação. A partir da análise de três obras significativas de sua produção, buscamos entender como se dá sua operação de interpretação do contexto em situações específicas. Aprofundando o debate a partir de sua assertiva de que o pensamento arquitetônico não é uma questão de opor o Zeitgeist ao Genius Loci – colocamos sua produção como parte da discussão que remete ao tema do lugar e ao modo como o entendemos –“poética da complexidade” e “lugar complexo”.
Downloads
Referências
CHOAY, F. A alegoria do patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade: Editora UNESP, 2001.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. V.1. Rio de Janeiro: Ed.34, 1995.
DUARTE, F. Crise das Matrizes Espaciais. São Paulo: Perspectiva, FAPESP, 2002.
EISENMAN, P. O fim do clássico: o fim do começo, o fim do fim (1984). In : NESBITT, K. Umanova agenda para a arquitetura – Antologia teórica 1965-95. São Paulo: Cosac Naify, 2006. p.233-252.
KÜHL, B. M. Preservação do Patrimônio Arquitetônico da Industrialização - problemas teóricos de restauro. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2008.
NORBERG-SCHULZ, C. O fenômeno do lugar. In : NESBITT, K. Uma nova agenda para a arquitetura– Antologia teórica 1965-95.. São Paulo: Cosac Naify, 2005.
SOLÀ-MORALES, I. ____. Do contraste à analogia – novos desdobramentos do conceito de intervenção arquitetônica. In: NESBITT, K. Uma nova agenda para a arquitetura – Antologia teórica 1965-95. São Paulo: Cosac, 2006. p.252-264.
____. Intervenciones. Barcelona: Gustavo Gilli, 2006, p.13-2.
____. Territorios. Barcelona: Gustavo Gilli, 2002. TSCHUMI, B. Architecture and Disjunction. Cambridge: MIT Press, 1996.
____. Arquitetura e Limites I (1980). In: NESBITT, K. Uma nova agenda para a arquitetura – Antologia teórica 1965-95. São Paulo: Cosac Naify, 2006a. P.172-176.
____. Arquitetura e Limites II (1981). In: NESBITT, K. Uma nova agenda para a arquitetura – Antologia teórica 1965-95. São Paulo: Cosac Naify, 2006b. P.177-182.
____. Arquitetura e Limites III. (1981). In : NESBITT, K. Uma nova agenda para a arquitetura – Antologia teórica 1965-95. São Paulo: Cosac Naify, 2006c.p.183-187.
____. Concept, context, content. In : ___. Event Cities 3. Cambridge: MIT Press, 2004, p.10-15.
____. O prazer da arquitetura (1977). In: NESBITT, K. Uma nova agenda para a arquitetura – Antologia teórica 1965-95. São Paulo: Cosac Naify, 2006d.p.574-584,
____. Red is not a color. New York: Rizzoli, 2012. ZONNO, F.V. Intervenções artísticas e arquitetônicas em lugares de memória – modos de interpretação do lugar. In: TREVISAN e NOBREGA (Org.). Projeto e Patrimônio – reflexões e aplicações. Rio de Janeiro: Rio Books, 2016, p.35-63.
____. Lugares Complexos, poéticas da complexidade – entre arte, arquitetura e paisagem. Rio de Janeiro : FGV, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores detém os direitos autorais sem restrições, devendo informar a publicação inicial nesta revista, em caso de nova publicação de algum trabalho.