Margens capitais: o desenho e o canteiro da manufatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37916/arq.urb.vi29.482

Palavras-chave:

Arquitetura, Canteiro de obras, Sérgio Ferro

Resumo

Aborda os vínculos da primeira produção de Sérgio Ferro, ao lado de Flávio Império e Rodrigo Lefèvre com a corrente paulista da arquitetura moderna no âmbito da ideologia e da linguagem, anterior ao golpe militar de 1964 e à crítica radical que elaborariam na sequência, filiada à corrente interpretativa de intelectuais brasileiros marxistas, nos termos da dualidade entre arcaico e moderno. Ilumina o comprometimento de suas ideias com usuários e produtores da arquitetura, com vistas a uma solução para a construção de habitações de interesse social. Trata de duas residências burguesas projetadas por Ferro, cujos canteiros de obras serviram como laboratórios de manufatura heterogênea – casa Boris Fausto, em São Paulo – e manufatura orgânica – casa Bernardo Isller, em Cotia – essa última em abóboda.

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Biografia do Autor

Humberto Pio Guimarães

Professor na pós-graduação em Design de interiores contemporâneo no Instituto Europeu de Design em São Paulo. Mestre pela Universidade de São Paulo em 2006 com dissertação sobre Rodrigo Lefèvre. Poeta autor de Coágulo (Editora Reformatório, 2019).

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Publicado

2020-12-08

Como Citar

Guimarães, H. P. . (2020). Margens capitais: o desenho e o canteiro da manufatura. arq.Urb, (29), 41–49. https://doi.org/10.37916/arq.urb.vi29.482

Edição

Seção

Artigos